Apple AirTags podem ser usados para rastrear remessas, mas não são a solução mais eficaz para logística internacional devido a diversas limitações.
Limitações de AirTags para rastreamento de remessas internacionais
1. Dependência de dispositivos Apple próximos:
AirTags utilizam tecnologia Bluetooth para se comunicar com dispositivos Apple próximos. Seu alcance efetivo é normalmente de cerca de 100 metros (330 pés) em condições ideais. Isso significa que, para rastreamento internacional, os AirTags só podem fornecer atualizações de localização quando estiverem dentro do alcance de um dispositivo Apple compatível, o que pode não ser viável em áreas remotas ou pouco povoadas[2].
2. Falta de GPS e conectividade celular:
Ao contrário dos dispositivos de rastreamento dedicados, os AirTags não possuem GPS integrado ou recursos de celular. Eles dependem de conexões Bluetooth com dispositivos Apple próximos para atualizações de localização. Essa limitação pode levar a lacunas no rastreamento, especialmente quando as remessas passam por áreas com poucos dispositivos Apple disponíveis para efetuar ping[1][2]. Por exemplo, se uma remessa estiver em um local remoto sem iPhones próximos, a AirTag poderá não fornecer atualizações por longos períodos[1].
3. Sem recursos de monitoramento em tempo real:
AirTags não oferecem recursos de monitoramento em tempo real essenciais para remessas de alto valor ou sensíveis à temperatura. Faltam-lhes funcionalidades como sensores de temperatura e alertas que são essenciais para monitorizar o estado de cargas sensíveis, como produtos farmacêuticos ou produtos perecíveis[1]. Soluções logísticas profissionais fornecem atualizações e alertas contínuos, necessários para mitigar riscos associados a atrasos ou mudanças ambientais durante o trânsito[1].
4. Desafios de integração:
AirTags são projetados principalmente para uso pessoal e não se integram bem com sistemas de software de logística comumente usados no gerenciamento da cadeia de suprimentos. Essa falta de integração limita sua utilidade em ambientes profissionais onde são necessários rastreamento abrangente e análise de dados[2][3].
5. Considerações regulatórias e de privacidade:
O uso de AirTags para remessas internacionais também pode levantar questões legais e de privacidade, já que diferentes países têm regulamentações variadas em relação a dispositivos de rastreamento e práticas de coleta de dados[2].
Conclusão
Embora os Apple AirTags possam servir como uma solução básica de rastreamento para itens pessoais ou remessas domésticas curtas, eles são insuficientes como uma opção confiável para logística internacional devido à sua dependência de dispositivos próximos, falta de recursos de monitoramento em tempo real e desafios de integração. Para um rastreamento eficaz de remessas, especialmente para cargas sensíveis ou de alto valor, são recomendadas soluções de rastreamento profissionais dedicadas.
Citações:[1] https://www.tive.com/blog/3-reasons-why-apple-airtags-are-insufficient-for-real-time-supply-chain-tracking-visibility
[2] https://www.strategictracking.com/2024/02/20/5-reasons-why-you-shouldnt-use-apple-airtags-for-shipment-tracking/
[3] https://www.link-labs.com/blog/can-apple-airtags-be-used-by-logistics-companies
[4] https://discussions.apple.com/thread/254598387
[5] https://intentionaltravelers.com/how-to-use-apple-airtags-for-tracking-luggage-when-traveling/